sábado, 1 de janeiro de 2011

O que tenho contra Dilma? Pessoalmente nada.

Mas gostaria de ter na presidência uma mulher que se orgulhasse de sua rebeldia juvenil, que falasse sem pudor de como enfrentou a ditadura, quando era chamada de “terrorista”. (E Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Figueiredo, Carlos Lacerda, Antônio Carlos Magalhães, Paulo Maluf e tantos outros que participaram da derrubada de um governo democraticamente eleito e colaboraram com uma ditadura que torturou, matou, sequestrou, cassou direitos políticos, censurou, aumentou a dívida externa, fechou os olhos para a miséria, planejou a Transamazônica para melhor destruir a floresta, quis empurrar goela abaixo dos índios essa civilização predatória nossa etc. merecem que nome mesmo?) Não me agrada ter na presidência uma pessoa que diz que pagamos a dívida externa sem que jamais governo algum tenha feito a auditoria prevista na Constituição de 1988 e ainda por cima se orgulha de emprestar dinheiro para o FMI, uma instituição que mata mais do que o nazismo, pois condena metade da humanidade à fome, ao analfabetismo, à poluição, à destruição ambiental, à escravidão, às doenças mais repugnantes e remediáveis, que coloca os automóveis acima dos homens e mulheres, que senta-se à mesa com fabricantes de armas, que finge não saber quem lucra com o tráfico de drogas, que mantém abertas as veias da América Latina.
Vocês têm certeza que aquela jovem contestadora não morreu nos porões da ditadura?

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