A impressão que tenho, pelas notícias que me chegam, é que, nestes 200 anos, as belezas de Friburgo foram construídas ao Deus-dará, à moda liberal do "Deixa-fazer-deixa-passar". Quem tinha dinheiro para fazer, fazia, sem intervenção do Estado, que nunca pensou se haveria riscos futuros.
O que D. João VI fundou foi uma comunidade de agricultores e artesãos católicos (alguns protestantes vieram escondidos) que povoariam aqueles vales. Nunca pensou o monarca que a cidade cresceria tanto. Ninguém há 200 anos pensaria na população que temos. As vacinas, a medicina, a civilização do petróleo, a Revolução Industrial tornaram possível tal crescimento da população e das cidades. De todos, o menos culpado, creio eu, seja o rei.
Mas quando se constrói próximo a um rio... Os rios transbordam um dia. É só questão de tempo. O rio Bengala dessa vez teve água que estreitasse suas margens. E a solidez das montanhas, quem poderia atestá-la a 200 anos? Mas, urbanizando-se o espaço, a tecnologia evoluindo, e a ciência pesquisando, nunca se pensou em analisar aquelas encostas?
As mudanças climáticas tornam cada dia mais necessárias as cidades planejadas. O liberalismo mata.
domingo, 16 de janeiro de 2011
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