segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Vitória sobre o tráfico ou Papai Noel existe

Se eu acreditasse em Coelhinho da Páscoa, estaria aplaudindo de pé as operações nas favelas cariocas de enfrentamento ao tráfico, saudadas pelo jornalismo dependente das verbas estatais como a solução para todos os males. Só os crédulos acreditam que tudo vai continuar assim nos próximos seis meses.
Quando a TV exibe as mansões dos traficantes, as repórteres se deslumbram e fingem gozar de alegria como atrizes de filme pornôs. Por que não mostram as mansões dos fabricantes das armas que o tráfico usa: aqueles bilionários que têm suas ações na Bolsa de Valores de Wall Street, os principais beneficiados com o tráfico de entorpecente e com o combate a esse mesmo tráfico, porque também vendem seus aparelhos de matar aos policiais e aos exércitos de todo o mundo?
Fuzis e granadas não nascem em árvores, mas questionar a procedência deles, o seu nascedouro, é pecado mortal, pois causaria um terremoto nas Bolsas de Valores.
Sendo assim, acabemos logo o tráfico: legalizemos as drogas, pois quem usa não vai deixar de usar em nome do bem público, como ninguém deixou de usar álcool nos anos 20 e 30 nos EUA devido ao puritanismo da Lei Seca. É melhor que os produtores de entorpecentes paguem impostos e assinem a Carteira de Trabalho de seus funcionários, como fazem os produtores de bebidas alcoólicas.

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