Detesto cinema 3D. Minha única experiência até agora foi com o filme "Fúria de Titãs". Ingresso mais caro, aqueles óculos que cansam a vista da gente (não aguentei ver o filme todo com eles) e um péssimo roteiro. A nova versão só supera aquela que eu vi tantas vezes na minha infância no quesito efeitos especiais, que estão mais modernos, a tecnologia avança, mas o filme foi só um pretexto para exibir essa nova tecnologia. Acho que atores não deveriam se rebaixar a participar de filmes que valorizam mais a computação digital que a eles próprios.
E domingo que vem vou assistir "Carmen 3D". Eu já tinha comprado um ingresso quando arranjei o DVD da ópera numa banca de jornal, versão antiga com José Carreras representando Don José. A ópera é magnífica. Não precisa da inútil tecnologia 3D para encantar o público.
Agora que já gastei o dinheiro com o ingresso, quero ver a atuação dos intérpretes, os cenários, os figurinos, coisas que eu curtiria muito bem em 2D, porque nós sempre percebemos os filmes exibidos em duas dimensões como se tivessem três, pois nosso mundo é tridimensional e nossa mente está programada para entender as imagens dessa maneira. Quando um carro aparece pequenino na tela e vai crescendo, nós entendemos que ele se aproxima, pois é assim que nós vemos a aproximação dos objetos na vida real.
O cinema 3D não é mais que isso: os dois objetos mais próximos da câmera se destacam, parecem sair da tela, mas continuam planos, não se parecem reais como se estivessem em carne e osso diante de nossos olhos. Então se nao dá pra ver "Carmen" no teatro, seria melhor fazer o filme em 2D mesmo. Ficaria mais barato.
domingo, 6 de março de 2011
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