Esses dias uma amiga de infância me convidou para sua formatura em Educação Religiosa, e eu fiz em seu Orkut uma pergunta que ficou sem resposta até agora: Educação Religiosa tem alguma coisa a ver com honestidade?
O Estado é laico e assim deveria ser também a Escola pública, mas aqui no Rio de Janeiro uma lei absurda da ex-desgovernadora Rosinha Pocotó instituiu as aulas de Religião nas escolas estaduais. Que, como diz a LDB, não podem ser obrigatórias, mas nenhuma direção tem a decência de dizer isso aos estudantes e nem o dizem o(a) professsore(a)s de religião, sob risco de ficarem com as salas vazias (jogar futebol, peteca, brincar de pique, beijar na boca etc são atividades mais interessantes). E aí, a pergunta que não quer calar: como ficam os direitos dos ateus, agnósticos e hereges em geral? Porque a liberdade religiosa é também a liberdade de não ter religião.
Mais: como dá pra conciliar dogmas que dizem que Deus criou o mundo em seis dias com as descobertas da Ciência que apontam tantas eras geológicas, que levaram milhões de anos cada uma? Como conciliar a Educação Sexual com o obscurantismo bíblico que declara imundo e pecaminoso tudo que diz respeito à sexualidade? Como dizer que o arco-íris é um milagre concedido como lembrança do Dilúvio, quando sabemos que é apenas a fragmentação d aluz do Sol ao passar pelas gotinhas de chuva?
E o que pensarão essas crianças desses professores desonestos quando crescerem e aprenderem na Legislação que foram manipulados pelos interesses obscurantistas das igrejas e de uma escola pública falida? Que lhes negaram a liberdade de escolha?
sábado, 18 de dezembro de 2010
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