terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O Senhor do Desperdício

Fala-se tanto em Lei de Responsabilidade Fiscal - que deveria ser chamada de "Lei da Irresponsabilidade Social" - que limita os gastos com o funcionarismo público. Mas não há lei que limite os gastos com bobagens e faraonices. Exemplos não faltam, como o projeto de climatização das escolas estaduais, no qual o pequeno Führer, o ditador Sérgio Cabral,que planeja aumentos salariais para os educadores em parcelas que ultrapassam o mandato de seu sucessor e manda à merda o Direito Romano quando diz que, na Rocinha já se nasce criminoso, alugou milhares de aparelhos de ar condicionado para as escolas públicas - e nenhum deles funciona. Isso é transferência de dinheiro público para as contas bancárias dos aliados que financiarão sua campanha em 2010.

Copenhague fracassou - Eu já sabia!

O que podia-se esperar de uma conferência em prol do meio ambiente em um mundo em que o capitalismo é hegemônico e no qual os capitalistas, obviamente, não querem abrir mão de seus lucros pelo bem da humanidade? Um sistema que financia uma indecente e custosa indústria da guerra - armas e bombas são o melhor investimento: ao contrário de automóveis, eletrodomésticos e outras tantas coisas que tornam a vida mais confortável, nunca há superprodução deles, pois são descartáveis: logo após cumprirem sua missão maligna, precisam ser repostos - não pode estar interessado na defesa da vida humana nem das outras espécies.
Obama, o palhaço mais incensado do mundo - até os líderes religiosos perdem para ele! - diz que o encontro foi produtivo, mas não consegue dar um argumento convincente para embasar essa declaração. Mas tudo bem: foi o primeiro negro a ser eleito presidente do Império norte-americano e essa primazia dispensa-o da necessidade de ser razoável: isso é para os meros mortais. Para ele tudo - ao resto da humanidade, à lógica, a coerência e outras necessidades enfadonhas. Um sujeito que ganha o prêmio Nobel da Paz enquanto oprime com seus exércitos os povos do Oriente Médio está dispensado de dizer qualquer coisa que faça sentido. Tenho a impressão de que, se ele picotar um dicionário da língua croata, espalhar as palavras aleatoriamente numa folha de papel e disser que é um soneto, acabará ganhando também o Nobel de Literatura, incensado pela mídia internacional, que existe tão somente para lamber suas botas.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Morte aos automóveis! E ao capitalismo também!

Não tenho esperança em nenhum acordo para reduzir as emissões dos gases que provocam o efeito estufa enquanto ainda houver uma única montadora de automóveis em atividade. A crise econômica foi uma oportunidade excelente para salvar o planeta, mas os governos preferiram salvar essas empresas que entopem nossas cidades com essas máquinas infernais e poluem o meio ambiente. "Mas e o desemprego que isso causaria?", perguntar-me-iam os prudentes. A salvação para a humanidade seria a concentração dos meios de produção em Estados controlados pela classe trabalhadora, de modo a visarem o bem coletivo e não o lucro de uns poucos. Os desempregados seriam então remanejados para atividades que não agredissem o meio ambiente: antes, o recuperassem.
Ou desaparecesse o capitalismo, ou desaparece a humanidade!